BOLETIM DE RÁDIO COP30 BRASIL

Boletim COP30 Brasil #44 - Ana Toni: Brasil será provedor de soluções para impacto da mudança do clima na saúde

Em evento realizado em Brasília, lideranças regionais e internacionais destacaram a urgência de ações concretas para enfrentar os impactos das mudanças do clima na saúde pública mundial. Ouça a reportagem e saiba mais.

Brasil e demais lideranças discutem estratégias para fortalecer os sistemas de saúde diante dos desafios das mudanças do clima na Conferência Global realizada em Brasília — Foto: Rafael Medelima/COP30
Brasil e demais lideranças discutem estratégias para fortalecer os sistemas de saúde diante dos desafios das mudanças do clima na Conferência Global realizada em Brasília — Foto: Rafael Medelima/COP30

Reportagem: Laura Marques |COP30 Brasil

Locução: Bárbara Bezerra|COP30 Brasil

Repórter: O Brasil deve liderar as ações de enfrentamento aos impactos das mudanças do clima na saúde global. A afirmação é da  CEO da COP30, Ana Toni, que participou,  em Brasília,  da Conferência Global sobre Clima e Saúde de 2025.  O evento reuniu os ministros Alexandre Padilha, da Saúde, Marina Silva, do Meio Ambiente, além de lideranças regionais e internacionais.

De acordo com Ana Toni, o Brasil irá conduzir  os debates para a finalização do Plano de Ação para a Saúde de Belém, que será lançado na  COP30. O plano traz diretrizes para adaptar e fortalecer os sistemas de saúde frente aos efeitos das mudanças do clima.

Ana Toni: O Plano de Saúde mostra para o mundo que temos soluções e elas precisam ser ampliadas e escaláveis, e que o Brasil é um provedor de soluções em diversas áreas.

Repórter: Também presente no evento, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que um dos impactos mais evidentes das mudanças do clima é o aumento das mortes causadas pelas ondas de calor, que hoje já somam 500 mil em todo o mundo. A origem do problema, segundo ela, é o aumento da emissão de CO2, que afeta principalmente populações mais vulneráveis  — aquelas que menos contribuem para as emissões, mas que pagam o preço mais alto por elas.

Marina Silva: Atacar as causas significa reduzir a emissão de CO2, causada pelo uso de carvão, petróleo, gás e desmatamento; significa cuidar da saúde do nosso planeta, porque não temos como cuidar da nossa saúde em um planeta febril.

Repórter: O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também alertou para as consequências do aquecimento global, como os casos de febre chikungunya na Europa e o avanço da dengue nas Américas. 

Ele destacou ainda a relação entre o aumento da temperatura e o crescimento de doenças respiratórias, eventos de desidratação e problemas cardiovasculares.

Alexandre Padilha: O Plano de Ação para Saúde traz esses dados para mostrar para o mundo e para as lideranças mundiais que a gente precisa atacar as causas das mudanças do clima.

Repórter: Padilha afirmou que o Brasil já vem colocando em prática os direcionamentos do Plano de Belém. 

A conferência, promovida pelo governo brasileiro e pela OMS, teve  como objetivo debater com representantes dos Estados-Membros do órgão meios para construir sistemas de saúde sustentáveis e resilientes ao clima. 

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