transição justa

Transição justa, povos indígenas e matriz energética são tema de encontro na embaixada brasileira na Noruega

Presidência e enviados especiais da COP30 debateram com autoridades norueguesas, empresários e lideranças da sociedade civil

A CEO da COP30, Ana Toni, ressaltou o papel do Brasil como articulador de soluções urgentes para implementar o Acordo de Paris | Foto: Presidência da COP30
A CEO da COP30, Ana Toni, ressaltou o papel do Brasil como articulador de soluções urgentes para implementar o Acordo de Paris | Foto: Presidência da COP30

Por Presidência da COP30

Autoridades da Noruega e do Brasil, empresários e executivos do setor privado e representantes da sociedade civil dos dois países debateram desafios e oportunidades na agenda climática, em preparação para a COP30, em evento realizado nesta quinta-feira,12/6, pela embaixada do Brasil em Oslo. O encontro reforçou a relevância da parceria Brasil-Noruega e o protagonismo brasileiro nas discussões globais sobre clima e meio ambiente. 

Durante o evento, a CEO da COP30, Ana Toni, ressaltou o papel do Brasil como articulador de soluções inovadoras e do diálogo multissetorial para acelerar a implementação dos compromissos do Acordo de Paris, que completa 10 anos neste ano. Para Toni, uma transição ecológica é possível e deve ser justa, inclusiva e baseada em ciência. 

Ana Toni e enviados especiais da COP30 participaram do debate em Oslo | Foto: Presidência da COP30
Ana Toni e enviados especiais da COP30 participaram do debate em Oslo | Foto: Presidência da COP30

Além da CEO da COP30, dois dos enviados especiais da COP30 participaram do debate. A co-presidente do Fórum Internacional dos Povos Indígenas sobre Mudanças Climáticas (IIPFCC), Sineia do Vale, enviada especial para o tema dos povos indígenas, e o diretor-geral do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), André Guimarães, enviado especial para o tema de sociedade civil, compartilharam suas visões sobre a proteção das florestas tropicais, o protagonismo dos povos indígenas e a necessidade de garantir justiça climática e inclusão social nas negociações internacionais. 

Na semana que vem, entre os dias 16 e 22 de junho, acontecem as chamadas Sessão dos Órgãos Subsidiários (SB62) da Convenção-Quadro do Clima da ONU em Bonn, na Alemanha. As sessões são preparatórias para a COP30, em novembro, em Belém.

No encontro na embaixada em Oslo, as conversas giraram ainda em torno de temas como matriz energética verde, descarbonização da indústria e agricultura sustentável.

Do Brasil, também participaram do evento o embaixador do Brasil na Noruega, Rodrigo de Azeredo Santos, o superintendente de meio ambiente, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nabil Kadri, o diretor do cadastro ambiental rural do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Henrique de Vilhena Portella Dolabella, a global head de carbon solutions da Ambipar, Soraya Pires, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, o diretor executivo do WWF-Brasil, Maurício Voivodic. 

Para a Presidência da COP30, o evento na embaixada do Brasil em Oslo reforça o compromisso brasileiro com uma agenda climática ambiciosa e colaborativa. “Preparamos o caminho para uma COP30 marcada pela participação ampla, inovação e busca por soluções efetivas para os desafios globais do clima”, explicou Ana Toni.

Além do evento na embaixada, a agenda de Ana Toni em Oslo incluiu reunião com o ministro norueguês do Clima e Meio Ambiente, Andreas Bjelland Eriksen, e encontros sobre a COP30 com lideranças da Câmara de Comércio Brasil-Noruega, representantes da sociedade civil e da imprensa.