Presidência da COP30 lamenta falecimento de Sebastião Salgado
Há quase 30 anos, ele e sua esposa reflorestaram a Fazenda Bulcão, em Aimorés (MG), com 2,7 milhões de árvores nativas, recuperando 600 hectares de Mata Atlântica e abrigando hoje centenas de espécies, muitas ameaçadas de extinção

É com profunda tristeza que a Presidência da COP30 recebe a notícia do falecimento do renomado fotógrafo Sebastião Salgado. Sua obra transcendeu fronteiras e inspirou milhões ao retratar, com sensibilidade e maestria, a relação entre a humanidade e o meio ambiente.
Salgado foi mais que um artista. Foi um visionário que, através de suas lentes, denunciou injustiças, celebrou a resistência dos povos e mostrou a urgência de protegermos nosso planeta. Seu legado permanecerá não apenas em suas imagens emblemáticas, mas no chamado à consciência ambiental que ecoa em seu trabalho.
Há quase 30 anos, Salgado e sua esposa Lélia Wanick tomaram a decisão de reflorestar a Fazenda Bulcão, em Aimorés, Minas Gerais. Plantaram ali 2,7 milhões de árvores nativas, restaurando 600 hectares de Mata Atlântica. Hoje, a fazenda abriga centenas de espécies de fauna e flora, muitas ameaçadas de extinção.
Sebastião Salgado foi também um entusiasta e parceiro de várias Conferências do Clima, pioneiro na aproximação entre o debate climático e a cultura. Era um profundo conhecedor da Amazônia e ajudou o mundo a conhecer o bioma pelas suas lentes, por décadas.
Para a COP30 na Amazônia, ele, sempre generoso, nos cedeu algumas de suas imagens para os espaços da Conferência em Belém, como já havia feito em outras conferências de clima e meio ambiente.
Neste momento de luto, nos solidarizamos com sua família – em especial com Lélia Wanick –, amigos e admiradores.
Nosso mutirão global promete honrar sua contribuição única para a cultura e a luta pela sustentabilidade. Que sua memória continue a iluminar o caminho da arte e do ativismo socioambiental.
Presidência da COP30