MUTIRÃO

Mutirão no Parque Nacional da Tijuca fortalece ações de reflorestamento da Presidência da COP30

A ação, que integra o calendário oficial da presidência da COP30, demonstra na prática a política ambiental brasileira voltada à regeneração, unindo autoridades e sociedade civil no reflorestamento da primeira área protegida do país, cuja história de conservação remonta ao Império.

Mutirão para cerca de 600 mudas de árvores nativas do bioma da Mata Atlântica reúne a ministra Marina Silva, autoridades do governo e sociedade civil, no Parque Nacional da Tijuca (RJ). Foto: Juan Ribeiro / SOS Mata Atlântica
Mutirão para cerca de 600 mudas de árvores nativas do bioma da Mata Atlântica reúne a ministra Marina Silva, autoridades do governo e sociedade civil, no Parque Nacional da Tijuca (RJ). Foto: Juan Ribeiro / SOS Mata Atlântica

Por Inez Mustafa / COP30

Um evento simbólico e prático marcou as atividades de reflorestamento do mutirão "Dá Pé – A COP30 é aqui", realizado no Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro. A ação, que integra oficialmente a agenda de preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), reuniu governo e sociedade civil em um grande plantio de mudas nativas da Mata Atlântica.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, participou da ação, idealizada pelo cineasta Estêvão Ciavatta. Em seu discurso, reforçou “o compromisso do governo federal com o desmatamento zero até 2030 em todos os biomas”. Segundo a ministra, a meta vai além de simplesmente cessar o desmatamento: envolve promover o uso inteligente dos recursos naturais por meio da bioeconomia, preservar áreas que devem permanecer intactas e regenerar as que já foram degradadas — como simboliza a iniciativa realizada no parque.

“o compromisso do governo federal com o desmatamento zero até 2030 em todos os biomas” reforçou ministra Marina Silva

O idealizador da iniciativa e fundador da Pindorama Filmes, Estêvão Ciavatta, destacou a importância do mutirão, afirmando que "é uma oportunidade para que todos participem ativamente da COP30 de Belém”.

Esse espírito de mutirão foi vivido na prática, durante o plantio de aproximadamente 600 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, como ipê-amarelo e pau-brasil. A ação contou com a presença de diversas autoridades, incluindo Tatiana Roque, secretária municipal de Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro e Viviane Lasmar, diretora do Parque Nacional da Tijuca. As mudas foram doadas pela prefeitura do Rio de Janeiro e pelo Jardim Botânico.

A ministra Marina Silva lidera pelo exemplo, plantando muda de árvore na primeira área ambiental protegida pelo Brasil, ainda no Império. Foto: Juan Ribeiro / SOS Mata Atlântica
A ministra Marina Silva lidera pelo exemplo, plantando muda de árvore na primeira área ambiental protegida pelo Brasil, ainda no Império. Foto: Juan Ribeiro / SOS Mata Atlântica

Em discurso, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reforça a necessidade de ações urgentes contra as mudanças climáticas, em consonância com o ODS 13. Foto: Juan Ribeiro / SOS Mata Atlântica
Em discurso, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, reforça a necessidade de ações urgentes contra as mudanças climáticas, em consonância com o ODS 13. Foto: Juan Ribeiro / SOS Mata Atlântica

Patrimônio ambiental

Palco da iniciativa, o Parque Nacional da Tijuca é um patrimônio ambiental, o qual a missão de conservação começou ainda no século XIX, durante o Império Brasileiro, como a primeira área de sua categoria a ser protegida no país. Hoje, o parque abriga a maior floresta urbana replantada do mundo e mantém vivo esse legado pioneiro por meio de seu Programa de Voluntariado, gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A ação foi promovida pela Pindorama Filmes, primeira produtora audiovisual do mundo a operar com carbono zero em todas as suas atividades, em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica e com o Programa de Voluntariado do Parque.