FINANCIAMENTO CLIMÁTICO

Cooperação com agência francesa destina 300 milhões de euros a fundos regionais brasileiros

Aporte internacional amplia capacidade de investimento em projetos sustentáveis; 120 milhões de euros serão direcionados ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste

Representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento participaram do anúncio. Foto: Fernando Cavalcante
Representantes da Agência Francesa de Desenvolvimento participaram do anúncio. Foto: Fernando Cavalcante

Por Banco do Nordeste

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o Grupo Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) anunciaram, durante a COP30, um novo programa de cooperação que destina 300 milhões de euros para fortalecer o desenvolvimento sustentável nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Os recursos fazem parte de uma estratégia de longo prazo para ampliar investimentos em infraestrutura resiliente, energia limpa e adaptação climática.

Do total, 120 milhões de euros serão direcionados ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), um dos principais mecanismos de financiamento da região. O aporte vai expandir a capacidade de apoio a projetos de energia renovável, saneamento básico, mobilidade urbana, infraestrutura verde e agricultura resiliente, ampliando o alcance das ações de baixo carbono no território.

O diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, Aldemir Freire, destacou que a nova etapa da parceria com a AFD consolida um ciclo virtuoso de investimentos sustentáveis. “A AFD já é parceira do Banco do Nordeste, com 150 milhões de euros aplicados em projetos de impacto. Este novo aporte chega em um momento oportuno, em que o Nordeste se consolida como polo central da matriz energética nacional”, afirmou.

O ministro do MIDR, Waldez Góes, ressaltou que o programa reforça o compromisso brasileiro com o desenvolvimento regional sustentável. “Estamos em uma COP na Amazônia, uma oportunidade única para garantir que o financiamento climático destinado a investimentos resilientes e de baixo carbono possa não apenas impulsionar o crescimento, mas também reduzir desigualdades e promover inclusão”, declarou.

A iniciativa está alinhada à Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e à Declaração de Belém, firmada nesta COP, que reforça o papel dos fundos regionais como instrumentos essenciais para uma transição justa e para o enfrentamento das mudanças climáticas.