ADAPTAÇÃO

Novo protocolo da Caixa aprimora resposta a desastres climáticos e ambientais

Documento apresentado durante a COP30 prevê ações como liberação de auxílios governamentais, acesso ao FGTS e suspensão temporária da cobrança de empréstimos e financiamentos

Banco utilizará sua capilaridade pelo país para disseminar informações sobre situação de risco. Foto: Beatriz Lobo/Caixa
Banco utilizará sua capilaridade pelo país para disseminar informações sobre situação de risco. Foto: Beatriz Lobo/Caixa

Por Caixa Econômica Federal

​A Caixa lançou, durante a COP 30 em Belém (PA), um protocolo para acelerar ações de enfrentamento às consequências dos eventos climáticos extremos. O objetivo central do documento é mitigar os efeitos dos desastres e fortalecer a capacidade de resposta do banco, promovendo a proteção da vida, a segurança das pessoas e a resiliência das comunidades diante dos impactos da mudança climática e dos desastres ambientais. A iniciativa também contribui para a construção de uma rede nacional de prevenção e enfrentamento a desastres, em articulação com órgãos públicos.

O protocolo inclui desde a liberação de recursos especiais, como auxílios governamentais e acesso ao FGTS, até a suspensão temporária da cobrança de cestas de serviço, empréstimos e financiamentos. Oferece também respostas rápidas para situações em que a vida humana esteja em risco e muitas empresas corram o risco de desaparecer.

Quando algum órgão alertar o banco sobre uma situação de risco, as informações serão replicadas para todas as unidades próprias e parceiras, como lotéricas e postos de autoatendimento. A partir desse momento, serão disponibilizados os canais de comunicação que podem ser o site, WhatsApp, Caixa Tem, app FGTS e app da Habitação, por exemplo. Nas situações em que houver necessidade, o atendimento para demandas será estruturado de acordo com o público local para acesso e informações sobre benefícios sociais, FGTS, habitação, crédito rural, microcrédito, capital de giro. 

Além disso, alguns atendimentos em que a presença do cliente é necessária na agência poderão ser feitos pelos canais digitais. Quando a infraestrutura local estiver danificada poderão ser organizados mutirões móveis com caminhões ou estações itinerantes em abrigos e ginásios. Também haverá possibilidade de utilizar identificações alternativas para clientes sem documentos. 

O presidente da Caixa, Carlos Vieira, ressalta que o protocolo é uma ação concreta no enfrentamento à crise climática. “Esse protocolo tem o objetivo de fortalecer a governança do banco e gerar mobilização de recursos, agilidade, integração tecnológica, troca de informações e cooperação para que possamos enfrentar a imprevisibilidade das ocorrências geradas pelas mudanças climáticas no país".

O ministro do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, parabenizou a Caixa pela iniciativa por traduzir o envolvimento dos órgãos públicos com o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. “A política pública está na alçada do governo federal, mas a prevenção, mitigação, preparação, resposta e reconstrução estão nos mais distintos locais, nos três níveis de poder, além do voluntarismo privado e social. Iniciativas como esta vão se multiplicar em muitos outros órgãos do Governo Federal".

Nahuel Arenas, diretor regional das Américas e Caribe do Escritório das Nações Unidas para Redução de Desastres (UNDRR), reiterou que o protocolo é importante e que é preciso aprender com os últimos desastres naturais que ocorreram no país. “As instituições brasileiras não mediram esforços para evitar o pior”.

Saiba mais sobre o protocolo