Boletim COP30 Terena

Eyekoûti ítuke COP30 ya emó’uke Têrena #11 - Kuxoti énoti kopénoti ra Mbarâsi yaye COP30 ke, “Aldeia COP” koéha ra óvohikokumo ya

Yaye xoko Universidade Federal pítivokona ke Pará, énomonemo ípuxovo ra kopénotihiko simôti yara COP30 ke, mopó’a mîli kuxonéti ya. Enepora ngóvernu ítuke mbarâsi koati kuxoâti enó’iyea peresensana kopénotihiko yara COP30. Yakámokenoapihi ra emo’úti itíka ra yeyékou.

Anéye ra Comissão Internacional de Povos Indígenas énomone inuxínoa ra kopénotihiko motovâti xu’ínayeahiko yara COP30 ke, énomonemaka yuixóva “Aldeia COP” óvohikokumo kopénoti. Foto: Rafael Medelima / COP30
Anéye ra Comissão Internacional de Povos Indígenas énomone inuxínoa ra kopénotihiko motovâti xu’ínayeahiko yara COP30 ke, énomonemaka yuixóva “Aldeia COP” óvohikokumo kopénoti. Foto: Rafael Medelima / COP30

Eyékoxoti: Mayara Souto / COP30
Emo’u: Salim Sebastião

Enepora: Ngóvernu mbarasileiro, anéye háxai koehati “Aldeia COP”, énomonemo óvohiko ra kopénoti koêkumo ápeyea ra COP30. Hara óvomo xoko Universidade Federal ya pítivokona Pará, mopó’amo mîli ipuxóvati ya. Koati hána’iti kúxone ra Conferência da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), koe yûho Sonia Guajajara, minístarana ítuke kopénotihiko.

Yûho ra Guajajara: yaneko COP apêti ya França ke ya Paris ke 350 koe kopénoti apêti ya, koánemaka ya pítivokona Dubai yaneko 2015 ke. Yane kahá’ahiko enó’iyea kopénoti yara xoénae. Yûhohiko kaha’iné kixoa inuxínoti COP30 ítaekea 500 kooeti kopénoti íhae Mbarâsi, yane 500 koetímaka íhae po’i poké’e yara kúveo meûm.

Eyékoxoti râ’a: Yûho ra ministara íhae mbarâsi, enepora po’ínuhiko viyéno haramo óvohiko xokóyo ra Zona Verde, óvohikoku heú koeti xâne koyúhokexeamo. Hána’iti kuxonéti ra kopénotihiko ûrukeova  xapákuke ra koyuhókexoti kilíma, enepora Guajajara koyúhoa ,uhá koeti kopénoti kurivókoxovatimo ra delegação na COP30 kaha’íneti po’ínuhiko poké’e.

Yûho ra Guajajara: Yupíhova ehákeovo kúxone motovâti enó’iyea ra kopénoti pihôtimo ra ho’unévotike, haina póhutine kúxone enó’iyea, itea itúkeovo mbiúketinoe ya isoneûti ra pihôtihiko. Koáne ápeyea vekínoaku ákoyea oríko itúkinoa xêti ra xanéhiko íhae po’i poké’e.

Eyékoxoti: Anéye ra po’ínuhiko yuhôti konókotimo koyúhoyeokono, kuteâti koêku ra tecnologia digitais, hána’itimo huvó’oxea motovâti enó’iyea kopénoti yuixóvati emo’útihiko yara COP30 ke, koánemaka ovohíkoati kopénoti yara Zona Verde, hara úkea ra isoneûti xoko iháxoneti Caucus Indígena, kixo’êkoti ho’úxovoku kopénoti yara Conferência da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC).

Brasil prepara ‘Aldeia COP’, visando recorde de participação indígena

Localizado na Universidade Federal do Pará, o espaço comportará cerca de 3 mil indígenas do Brasil e do mundo. O governo brasileiro espera que a Conferência tenha participação histórica das populações originárias. Ouça a reportagem e saiba mais.

Reportagem: Mayara Souto / COP30
Locução: Salim Sebastião

Repórter: O governo brasileiro está organizando uma “Aldeia COP” para receber povos indígenas de todo o mundo durante a COP30. O espaço para acampamento será montado na Universidade Federal do Pará e deve comportar mais de 3 mil indígenas. A expectativa é que o contingente atinja participação histórica na Conferência da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC), afirma Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas.

Guajajara: Até aqui, nós tivemos um número máximo de 350 indígenas na COP da França, em Paris, em 2015, e também na COP de Dubai. E agora a gente quer superar esse número de 350 indígenas. Nós estamos pleiteando, junto à presidência da COP, o número de 500 indígenas do Brasil e 500 indígenas de todas as outras partes do mundo.

Repórter: A ministra brasileira ainda explicou que outros indígenas devem participar também da Zona Verde, que comporta os observadores da sociedade civil. Há expectativa, especialmente, de mais participação nas negociações climáticas, ressaltou Guajajara, que explicou que o pedido para incluir indígenas nas delegações será feito diretamente aos países que participam da COP30.

Guajajara: Estamos em uma forte articulação para aumentar essa representação indígena, não só na quantidade de pessoas, mas também na qualidade de participação. Que tenha uma existência direta, que tenha também possibilidade de dialogar direto com outros atores internacionais, seja dos países, seja da filantropia.

Repórter: Outros assuntos também foram tratados no encontro, como o uso de tecnologias digitais para ampliar a participação de populações indígenas nos assuntos tratados na COP30, e o funcionamento de espaço dedicado aos povos indígenas na Zona Verde, que está sendo pensado pela Caucus Indígena, que é a representação indígena oficial na Conferência da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (UNFCCC).

Boletins na língua indígena Terena são traduzidos e gravados em parceria com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), do estado do Mato Grosso do Sul.


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