Boletim COP30 #23 - Em vistas à COP30, governo federal investe em bioeconomia em Belém
Por meio do Convênio 71, a Itaipu Binacional investe na estruturação de um Centro de Inovação e Bioeconomia na capital paraense, que abrigará cerca de vinte startups. Até 2030, a bioeconomia pode ser motor, na economia mundial, para ganhos na casa de 7,7 trilhões de dólares. Ouça a reportagem e saiba mais.

Reportagem Franciéli Barcellos de Moraes / francieli.moraes@presidencia.gov.br
Repórter: Tanto a oportunidade econômica como o compromisso social com um desenvolvimento mais justo e sustentável levam o governo federal, por meio da Itaipu Binacional, a investir em estruturas de bioeconomia em Belém, capital do Pará, na preparação para a COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) em novembro.
Por meio do Convênio 71, uma outra obra está em andamento: a do Centro de Inovação e Bioeconomia de Belém (CIBB), que abrigará cerca de vinte startups.. Neste sentido, Olmo Xavier, diretor de Infraestrutura da Secretaria Extraordinária para a COP30 (SECOP) da Casa Civil da Presidência da República, comenta a importância do empreendimento
Olmo Xavier: A realização da COP em Belém nos coloca diante de uma responsabilidade histórica, que é transformar a cidade em um exemplo de como o desenvolvimento pode ser guiado por princípios de sustentabilidade, justiça social e inovação. Nesse sentido, obras como esta, especialmente no âmbito deste Centro, representam mais do que investimentos em infraestrutura. São a materialização de um legado articulado à educação ambiental, gestão de resíduos sólidos e inovação em bioeconomia
Repórter: O Centro será sediado no Casarão Higson, no centro histórico da cidade. O prédio é tombado nas esferas municipal, estadual e federal e, agora, é reformado para valorizar os saberes tradicionais e impulsionar oportunidades à comunidade local. Além de receber startups de diversos segmentos, como biojoias, bioperfumaria e fitofármacos, o Centro também contará com um café no térreo e um restaurante no terraço, expandindo as opções atrativas tanto para a população local como para turistas.
O investimento da Itaipu Binacional em ações e obras relacionadas à COP30 representa o maior aporte financeiro da história da empresa pública fora de sua área de abrangência geográfica. O Brasil já trabalha o tema da bioeconomia com ênfase no plano internacional desde o último ano, quando presidiu o G20 e, agora, em 2025, na presidência do BRICS, já construiu consenso na pauta entre países do Sul Global. Os ministros do Meio Ambiente do grupo aprovaram, em abril, uma declaração conjunta em que reforçam a importância do “multilateralismo ambiental”, destacando o potencial da bioeconomia para a construção de um futuro sustentável e promoção do crescimento econômico para todos.