MALHA AÉREA

A menos de seis meses para a COP30, Belém já registra aumento de 50% no número de voos programados

Malha aérea da capital paraense foi reforçada com investimentos de R$ 470 milhões em infraestrutura, além de estratégias logísticas para garantir eficiência e segurança na chegada dos participantes da conferência

Aeroporto contou com investimento de R$ 470 mi em obras de requalificação - Fotos: Patrícia Lanini / Divulgação NOA
Aeroporto contou com investimento de R$ 470 mi em obras de requalificação - Fotos: Patrícia Lanini / Divulgação NOA

Por Maiva D’Auria | COP30

Faltando pouco menos de seis meses para a COP30, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, os preparativos para receber milhares de participantes de todo o mundo avançam em ritmo acelerado. Entre as medidas adotadas pela organização, está a ampliação da malha aérea de Belém, que já resultou em um aumento de 50% no número de voos programados para o período do evento, em comparação com novembro de 2024.

Em articulação do Governo Federal, a Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop), a Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC), do Ministério de Portos e Aeroportos, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizaram tratativas para ajustar a malha aérea da capital paraense, visando atender à demanda gerada pela Conferência das Nações Unidas.

Segundo o Secretário Extraordinário para a COP30, Valter Correia, essa cooperação envolve uma série de ações integradas para garantir a eficiência e a segurança no transporte aéreo para o evento.

"Estamos trabalhando em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, com a concessionária NOA e com o Ministério de Portos e Aeroportos para qualificar a demanda para os aeroportos durante a COP30, tanto no que diz respeito à malha aérea quanto à infraestrutura dos aeroportos. Já qualificamos a Base Aérea de Belém, que vai receber os voos e os chefes de Estado, ampliamos a capacidade das salas de receptivo e salas VIP e agora estamos nesse esforço coordenado para aumentar o número de voos do mundo todo para Belém e vice-versa"
— Valter Correia, Secretário Extraordinário para a COP30

Como resultado dessas articulações, a programação dos slots — as autorizações para pousos e decolagens — foi antecipada, o que permitiu que as companhias aéreas se organizassem com maior antecedência e oferecessem voos extras para o período da Conferência. 

O acréscimo na oferta de voos reforça a capacidade logística de Belém para receber chefes de Estado, delegações oficiais, representantes de organizações internacionais, da sociedade civil, especialistas e jornalistas, que participarão do maior evento global sobre mudanças do clima.

Ao comentar sobre os esforços, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou: “os investimentos do Governo Federal na ampliação e modernização dos aeroportos em todo o País, especialmente voltados para a COP30, têm como foco garantir mais comodidade, qualidade nos serviços e segurança aos passageiros. E, claro, geram emprego e renda para a população.”

Belém já registra aumento de 50% no número de voos se comparado com o mesmo período de 2024
Belém já registra aumento de 50% no número de voos se comparado com o mesmo período de 2024

Além disso, a Secretaria Nacional de Aviação Civil informou que não será necessária a instalação de novos aeroportos executivos, mas que garantirá suporte ao Aeroporto Internacional de Belém durante a realização da COP30, a partir de um investimento de R$ 470 milhões em obras de requalificação e antecipação dos prazos de entrega.

Outra medida importante para garantir a fluidez e segurança nas operações aéreas será a adoção da chamada "estratégia de parking". Essa iniciativa consiste no uso de 27 aeródromos da região como bases de apoio logístico. Esses locais servirão para o estacionamento prolongado, pernoite e abastecimento de aeronaves, evitando que o Aeroporto Internacional de Belém fique sobrecarregado com o volume extra de voos previsto para o evento.

Com isso, será possível liberar pátios e pistas para as operações prioritárias, assegurando mais eficiência no embarque e desembarque dos participantes, além de reduzir riscos de atrasos e garantir a segurança das manobras aéreas.

Sobre esse trabalho conjunto, o diretor-presidente da ANAC, Roberto Honorato, ressaltou a importância da atuação integrada. "Os esforços de todos os órgãos envolvidos na operação do Aeroporto de Belém estão atuando de forma coordenada para que o atendimento da demanda de passageiros e aeronaves seja realizado de forma a cumprir todos os requisitos previstos nos rígidos regulamentos da aviação civil", frisou.